Revolta
Mais outro rombo,
Outro buraco
Na minha vida.
Como posso
Como ter,
Forças, ânimo
Para andar enfrente,
Como posso
Como querer
Ser feliz.
Serei pessimista?
Serei eu
Como me disse
Um certo amigo
Um sr. Dr.
Ao chamar-me
De “mimada”.
Não sr. Dr.
Não sou mimada,
Quem me dera ser.
E, não
Não estou zangada
E muito menos,
Guardo rancor.
O porquê?
Muito simples
Porque o sr. Dr.
Não sabe nada de mim.
Não sabe das minhas dores
Do meu choro
Em silêncio,
As minhas carências,
As minhas necessidades,
O desespero
Da minha vida,
Das minhas coisas
Que eu guardo
No meu peito
A sete chaves,
Neste meu coração,
Cansado, desgastado
De ser magoado.
Mas deixemos de lado,
E em paz o sr. Dr
Porque não vale
A pena falar,
Nem sequer o mencionar.
Mas pensemos bem,
Ou pensando bem
Onde e em que classe
Me vou encaixar,
Pessimista ou realista
Acho que talvez…
REALISTA
Porque tudo
É real,
Eu sofro na carne
E na mente,
No meu intimo,
E … só.
Solidão maldita.
Mas neste momento
Quero mesmo estar só.
Mais uma mutilação
No meu corpo
Oh meu Deus,
Isto não será real?
As dores que sofro
São reais.
Meu pobre coração
Minha mente
Sangram de tristeza.
Quem sou eu?
Que serei eu?
Meu Deus
Que se passa?
O que fiz eu
Todos os meu órgãos
Estão ficando doentes
E estão sendo retirados.
E quando não der?
Porque não ficar por aqui.
Eu… meu coração
Está cansado,
E a ficar doente.
Meu Deus, porquê?
Porque temos de sofrer
Desta maneira.
Falo por mim,
E por toda a gente
Que sofre,
Umas também em silêncio.
Pessoas adultas,
Crianças inocentes, puras
PORQUÊ….PORQUÊ.
Que injusto é este mundo.
Muitas vezes me pergunto,
Nas noites
Que passo em claro,
Num choro silenciado,
Que mal te fiz Deus,
Eu que sempre
Procurei ser
Boa pessoa,
Agradável ,
Bem educada
Simpática, doce
Tentando compreender,
As pessoas
As coisas mais complicadas,
Nunca fiz mal a ninguém
Pelo contrário
Faço mal é a mim própria,
Quando me deixo ir
Nesta tristeza
Me humilhando
E até me rebaixando
Para não contrariar
Magoar o próximo
Quantas vezes
Me ponho no outro lado
No lado contrário
Para compreender,
E não falar nem magoar.
Porque ME castigas,
Meu Deus
Porque me pões à prova
Sou humana,
Tenho sentimentos.
Sabes que sou fraca
Sensível,
Por favor
Não me deixes pecar
E desistir de lutar
Nesta maldita vida
Que aos poucos
E poucos, me está
A levar partes
Do meu corpo.
O que resta dele (corpo)
Há muito que pede
Amor
Ser amado
Abraçado
Acarinhado.
Até pode existir alguém,
Que me poderia dar…
Algo …
Mas era um usar,
E… xauuu… adeus
Não, isso não.
Desculpa corpo,
Mas respeito-te
Mesmo faltando peças,
Ainda és meu
E não deixo que te usem…
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quinta-feira, 18 de março de 2010
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