quinta-feira, 18 de março de 2010

Revolta

Revolta




Mais outro rombo,

Outro buraco

Na minha vida.

Como posso

Como ter,

Forças, ânimo

Para andar enfrente,

Como posso

Como querer

Ser feliz.

Serei pessimista?

Serei eu

Como me disse

Um certo amigo

Um sr. Dr.

Ao chamar-me

De “mimada”.

Não sr. Dr.

Não sou mimada,

Quem me dera ser.
E, não

Não estou zangada

E muito menos,

Guardo rancor.

O porquê?

Muito simples

Porque o sr. Dr.

Não sabe nada de mim.

Não sabe das minhas dores

Do meu choro

Em silêncio,

As minhas carências,

As minhas necessidades,

O desespero

Da minha vida,

Das minhas coisas

Que eu guardo

No meu peito

A sete chaves,

Neste meu coração,

Cansado, desgastado

De ser magoado.

Mas deixemos de lado,

E em paz o sr. Dr

Porque não vale

A pena falar,

Nem sequer o mencionar.

Mas pensemos bem,

Ou pensando bem

Onde e em que classe

Me vou encaixar,

Pessimista ou realista

Acho que talvez…

REALISTA

Porque tudo

É real,

Eu sofro na carne

E na mente,

No meu intimo,

E … só.

Solidão maldita.

Mas neste momento

Quero mesmo estar só.

Mais uma mutilação

No meu corpo

Oh meu Deus,

Isto não será real?

As dores que sofro

São reais.

Meu pobre coração

Minha mente

Sangram de tristeza.

Quem sou eu?

Que serei eu?

Meu Deus

Que se passa?

O que fiz eu

Todos os meu órgãos

Estão ficando doentes

E estão sendo retirados.

E quando não der?

Porque não ficar por aqui.

Eu… meu coração

Está cansado,

E a ficar doente.

Meu Deus, porquê?

Porque temos de sofrer

Desta maneira.

Falo por mim,

E por toda a gente

Que sofre,

Umas também em silêncio.

Pessoas adultas,

Crianças inocentes, puras

PORQUÊ….PORQUÊ.

Que injusto é este mundo.

Muitas vezes me pergunto,

Nas noites

Que passo em claro,

Num choro silenciado,

Que mal te fiz Deus,

Eu que sempre

Procurei ser

Boa pessoa,

Agradável ,

Bem educada

Simpática, doce

Tentando compreender,

As pessoas

As coisas mais complicadas,

Nunca fiz mal a ninguém

Pelo contrário

Faço mal é a mim própria,

Quando me deixo ir

Nesta tristeza

Me humilhando

E até me rebaixando

Para não contrariar

Magoar o próximo

Quantas vezes

Me ponho no outro lado

No lado contrário

Para compreender,

E não falar nem magoar.

Porque ME castigas,

Meu Deus

Porque me pões à prova

Sou humana,

Tenho sentimentos.

Sabes que sou fraca

Sensível,

Por favor

Não me deixes pecar

E desistir de lutar

Nesta maldita vida

Que aos poucos

E poucos, me está

A levar partes

Do meu corpo.

O que resta dele (corpo)

Há muito que pede

Amor

Ser amado

Abraçado

Acarinhado.

Até pode existir alguém,

Que me poderia dar…

Algo …

Mas era um usar,

E… xauuu… adeus

Não, isso não.

Desculpa corpo,

Mas respeito-te

Mesmo faltando peças,

Ainda és meu

E não deixo que te usem…

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