quarta-feira, 5 de janeiro de 2011
Já é tarde
Já é tarde
Preciso descansar
Já não vejo as cores
Custa-me respirar
Já quase nem destilo o ar
Já não lembro
Já não sinto
Já não vejo
Já não vivo
Tenho medo do futuro
Tenho medo de ter medo
Tenho medo do escuro
Tenho medo de mim mesma
Quase sem sentidos
Mal posso respirar
Presa a mim mesma
Meus pés já não tocam o chão
Escuto o silêncio
Ensurdecedor
Meus olhos já mudos
Transparecendo a dor
Que só existe em mim
Dor, silêncio sem fim.
domingo, 2 de janeiro de 2011
Choro ou grito
Choro ou grito (25/12/2010)
Existem noites que…
Nem sei se chore
Nem sei se grite,
O desespero
Muitas das vezes,
É desesperante
De uma dor…
Tremenda.
Umas vezes essa dor
É na carne (corpo)
Outras vezes pessoal (solidão)
E por ultimo…
Dor na alma (interior, intima)
Esta é uma dor,
Mais dolorosa, sofrida
Mais louca…
Difícil de aguentar
Mas que fazer.
Não sei se chore,
Não sei se grite.
Sei somente que,
Tanto chore como grite,
É um choro calado
Um grito abafado.
Muitas vezes
Peço à morte,
O seu abraço
O seu embalo
Para poder descansar,
Descansar este meu corpo,
Descansar esta minha mente (cérebro)
Que aos poucos vai morrendo
De tanto mau pensamento.
Não sei se chore
Não sei se grite
Estes meus ….
Pensamentos, lamentos
São só para mim, são meus,
Não os compartilho.
Se o fizesse, que adiantaria?
Desabafar, compartilhar com alguém.
Esta minha solidão
Esta minha dor
O meu desespero.
Nada, nem ninguém
Me pode ajudar.
Se houvesse alguém
Que se preocupasse,
Com o meu bem estar
E me quisesse ajudar,
Compreender-me, ouvir-me
Só o(a) iria entristecer,
Arrasta-la(o)-ia na minha tristeza.
Só que não existe
Esse alguém…
Porque me isolei
Me escondi do mundo
Das pessoas
Estas ultimas (pessoas)
Deixei de confiar
Já fui muito magoada,
E até usada.
Neste momento
Nada importa.
DIGO…
Muitas noites
No silêncio
Na escuridão
Na solidão.
NÃO SEI SE CHORE.
NÃO SEI SE GRITE.
quinta-feira, 12 de agosto de 2010
TRAPOS
TRAPOS
Meu corpo
Mais parece de trapos,
Cheia de remendos,
Pedindo reforma,
Um cantinho,
Uma caixinha
Onde me esconder,
E descansar,
Porque não para sempre.
As pessoas me usam,
(Sabem a minha fraqueza)
Amarrotando-me,
Maltratando-me,
Como se eu fosse
UM TRAPO
Velho, sem uso
E sem préstimo,
Porque deixei
Chegar a este ponto.
Porque penso
No bem estar dos outros
E não em mim,
(Porque não sou um hipócrita)
Eu acho que ainda sou,
Um ser humano
Pensante,
E ainda respiro.
Existem dias,
Que não me apetece,
Comer,
Nem sequer respirar.
É terrível sofrer,
Sofrer para dentro, no silêncio
Sem direito a queixar-me
Já me habituei, não vale a pena.
Só que muitas vezes o cansaço,
Vence-me e mal me sento
Adormeço, num sono pesado.
Mas de seguida,
Tenho recriminações,
Incompreensões…
E … me sinto mal
Por me deixar vencer,
Pelo cansaço,
Mas é mais forte do que eu…
A minha vida,
É passada na casa onde vivo
(não a posso dizer minha)
Quatro paredes,
Os meus gatos,
Meus companheiros,
Nos bons e maus momentos.
Leais, e ternurentos.
De resto nada tenho.
Nesta altura,
Que posso pedir,
NADA…
Estou super cansada.
Não me apetece népia…
Nada de nada.
Ou peço?
Peço um fim,
Um chega…
Amor,
Companheirismo,
Compreensão.
Três palavras,
Que esqueci,
Há muito, mesmo muito tempo,
Que não sei o que é
Nem o que significa.
Por isso deixei de acreditar…
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terça-feira, 3 de agosto de 2010
DESEJOS
DESEJOS
Desejos loucos,
Esperanças maradas,
Que mundo este
Que vidas estas.
Porque vivemos
Nesta insanidade mental.
Porque não há entendimento,
Só existe falsidade,
Entre as pessoas.
Porque existem
Tantas guerras…
Mortes, torturas, fome.
Acho que é pedir muito,
Que se pare…
Já não há remédio
A esperança se esvaiu,
Deixou-nos, nos abandonou.
As pessoas se questionam,
E com razão (acho)
Porque perderam a fé.
Será que existe Deus?
Se existe onde anda…
Porque não estende a mão,
Porque não abre a mente,
Porque não toca o coração
De certas pessoas.
Meu Deus…
Num dia …
Não muito longínquo
Com o desespero, a fome,
Iremos-nos matar…
Uns aos outros,
E aí será o FIM…
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sábado, 22 de maio de 2010
Perguntas sem respostas
Num dia de desespero
Olhei para o céu
E perguntei em voz alta,
Porque estou aqui ?
Não obtive resposta
Nem mesmo um pensamento,
Me ocorreu.
Pena …
Porque continuo a procurar,
Respostas ou justificações.
Perguntas ficam no ar…
E assim, num desespero
Estampado no meu rosto
Onde meus olhos
Já cansados
Vão caindo lágrimas,
Lágrimas essas que evadem
E lavam meu rosto.
A solidão, uma constante presença
Na minha vida,
Vai-me sufocando.
Meu coração sangrando
Vai murchando,
Meus olhos fracos
Se recusam a ver
O que muitas vezes,
O coração pede e sente.
E na minha mente
Num berro calado, contido,
Pede, clama… PAZ
PORQUE ESTOU EU AQUI….
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segunda-feira, 19 de abril de 2010
Paragem no tempo...
Parei no tempo,
Tempo esse…
Que não existe,
Pelo menos para mim.
Deixei de querer
Viver, gostar
Amar e sorrir.
Cada dia que passa
É um tormento
Um sofrimento
Um desafio
Onde não me apetece,
LUTAR
É um pecado
Um sacrilégio
Desejar o fim,
O final de tudo.
A MORTE…
Não sou e…
Já não me apetece
Ser feliz
Amar e ser amada
Querer e ser querida
Tudo me soa a falso
A oportunismo.
Desculpem-me…
Mas já não tenho,
Pachorra, paciência
Para viver um dia de cada vez,
Para mim…
São dias muito compridos.
Estou cansada…
Para procurar a felicidade.
Procurar o que nunca tive,
Amizades verdadeiras,
Amor, cumplicidade
Dialogo e compreensão.
terça-feira, 6 de abril de 2010
Rendição
Rendição
Neste meu corpo
Doente, cansado
Mora a solidão,
O desespero
E a desilusão.
Como a boca
Pede pão,
Eu peço com paixão
Ao meu coração
RENDIÇÃO…
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