quarta-feira, 24 de março de 2010
Como me odeio.
Como me odeio
( escrito nos finais Fevereiro de 2010)
Odeio tudo em mim.
Não presto,
Embora queira ser boa,
Não presto.
Se a beleza
Passou por mim,
Passou e nem parou.
Se a saúde
Existiu em mim,
Assustou-se e fugiu.
Nada me resta,
Senão este corpo
De não sei o quê,
Retalhado,
Como uma manta
De retalhos
Sou como máquina,
Só que esta máquina
Já lhe faltam peças
Vai trabalhando,
Mas muito mal.
Este envolcro
Esta embalagem
Está estragada,
Não presta ,
Pouco ou nada vale.
Sinto-me triste,
Não gosto de mim,
Odeio-me.
Ou será que odeio
A vida que levo?
Tudo o que falo (escrevo)
É o que certas pessoas
Me fazem sentir.
Uma pessoa feia
Imprestável
Mal feita (corpo feio).
O resto é verdade,
Sou um corpo
Retalhado, dorido.
Com uma cabeça
Pensante (o que falha às vezes)
Ambos cansados (corpo e cabeça).
De tantos anos
De dor,sofrimento, e privações.
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